BEM-VINDOS À FESTA DO NOSSO PADROEIRO!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Entenda o significado do beijo na Cruz na Sexta-feira Santa.




 Em todo o ano, existe somente um dia em que não se celebra a Santa Missa: a Sexta-Feira Santa. Ao invés da Missa temos uma celebração que se chama Funções da Sexta-feira da Paixão, que tem origem em uma tradição muito antiga da Igreja que já ocorria nos primeiros séculos, especialmente depois da inauguração da Basílica do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por parte de Santa Helena (ano 335 d.C.).

Esta celebração é dividida em três partes: a primeira é a leitura da Sagrada Escritura e a oração universal feita por todas as pessoas de todos os tempos; a segunda é a adoração da Santa Cruz e a terceira é a Comunhão Eucarística, juntas formam o memorial da Paixão e Morte de Nosso Senhor. Memorial não é apenas relembrar ou fazer memória dos fatos, é realmente celebrar agora, buscando fazer presente, atual, tudo aquilo que Deus realizou em outros tempos. Mergulhamos no tempo para nos encontrarmos com a graça de Deus no momento que operou a salvação e, ao retornarmos deste mergulho, a trazemos em nós.

Os cristãos peregrinos dos primeiros séculos a Jerusalém nos descrevem, através de seus diários que, em um certo momento desta celebração, a relíquia da Santa Cruz era exposta para adoração diante do Santo Sepulcro. Os cristãos, um a um, passavam diante dela reverenciando e beijando-a. Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz, que significa adorar a Jesus que foi pregado na cruz através do toque concreto que faziam naquele madeiro onde Jesus foi estendido e que foi banhado com seu sangue.

Em nosso mundo de hoje, falar da Adoração à Santa Cruz pode gerar confusão de significado, mas o que nós fazemos é venerar a Cruz e, enquanto a veneramos, temos nosso coração e nossa mente que ultrapassa aquele madeiro ultrapassa o crucifixo, ultrapassa mesmo o local onde estamos, até encontrar-se com Nosso Senhor pregado naquela cruz, dando a vida para nos salvar. Quando beijamos a cruz, não a beijamos por si mesma, a beijamos como quem beija o próprio rosto de Jesus, é a gratidão por tudo que Nosso Senhor realizou através da cruz.

 O mesmo gesto o padre realiza no início de cada Missa ao beijar o Altar. É um beijo que não parar ali, é beijar a face de Jesus. Por isso, não se adora o objeto. O objeto é um símbolo, ao reverênciá-lo mergulhamos em seu significado mais profundo, o fato que foi através da Cruz que fomos salvos.
Nós cristãos temos a consciência que Jesus não é apenas um personagem da história ou alguém enclausurado no passado acessível através da história somente. "Jesus está vivo!" Era o que gritava Pedro na manhã de Pentecostes e esse era o primeiro anúncio da Igreja. Jesus está vivo e atuante em nosso meio, a morte não O prendeu.

 A alegria de sabermos que, para além da dolorosa e pesada cruz colocada sobre os ombros de Jesus, arrastada por Ele em Jerusalém, na qual foi crucificado, que se torna o símbolo de sua presença e do amor de Deus, existe Vida, existe Ressurreição. Nossa vida pode se confundir com a cruz de Jesus em muitos momentos, mas diante dela temos a certeza que não estamos sós, que Jesus caminha conosco em nossa via sacra pessoal e, para além da dor, existe a salvação.

Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida, como muitos se propõem, mas o Deus vivo e operante em nosso meio.

Padre Antônio Xavier
Comunidade Canção Nova, Terra Santa

terça-feira, 26 de março de 2013

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA 2013 EM SÃO JOÃO DO SABUGI-RN


                                     
PROGRAMAÇÃO
         Semana Santa 2013

            Começa no Domingo de Ramos, incluindo o Tríduo Pascal, visando recordar a Paixão e a Ressurreição de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém.

Domingo de Ramos (dia 24/03)
                  Neste Domingo, aclamamos Jesus como o Messias que vem realizar as promessas dos profetas e instaurar definitivamente o Reino de Deus! Os ramos devem ser conservados como um sinal e testemunho de fé em Cristo e na sua vitória pascal. Neste Domingo é feita a: COLETA do gesto concreto da Campanha da Fraternidade, a ser entregue nas paróquias.

7h15: Concentração no Espaço Cultural Manoel Leandro em seguida benção e procissão de Ramos para a Igreja Matriz
7h30: Missa de Ramos na Igreja Matriz

19h: Concentração em frente ao cruzeiro do colégio e em seguida benção e procissão de Ramos para a Igreja Matriz.
19h30: Missa de Ramos na Igreja Matriz.

SEGUNDA-FEIRA SANTA (25/03)
18h30 – Confissões
19h – Missa

TERÇA-FEIRA SANTA (26/03)
18h30 – Confissões
19h – Missa

QUARTA-FEIRA SANTA (27/03)
6h30 – Missa
19h – Via- Sacra pelas ruas da cidade concentração ao lado da Igreja Matriz

Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
Este dia recorda-nos a Ceia do Senhor. Quando Ele prediz sua Paixão e Morte e despede-se dos apóstolos na última ceia. Neste dia, Jesus instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio.
Na celebração o sacerdote lava os pés de doze pessoas convidadas, na tradicional cerimônia chamada de “Missa do Lava-pés”, recordando o gesto de Jesus em lavar os pés de seus discípulos e a dizer: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”, significando que devemos servir uns aos outros com total humildade, gratuidade e amor. Ao final da missa se faz a Transladação do Santíssimo Sacramento e, em seguida, a adoração.

QUINTA-FEIRA SANTA (28/03)

8h – Missa dos santos óleos e renovação das promessas sacerdotais na Catedral de Sant’Ana em Caicó.
17h – Missa da Ceia do Senhor (Lava Pés). Após a missa: adoração do Santíssimo Sacramento até 0h (meia-noite).

PROGRAMAÇÃO DA ADORAÇÃO
 (Quinta-feira Santa)
18h às 19h
·        Ministros da Eucaristia
·        Irmandade de São João Batista
·        Apostolado da Oração
19h às 20h
·        Legião de Maria.
·        Capelinhas
20h às 22h
·        Terço dos homens
·        Equipes de N. Senhora.
22h às 00h
Juventude e grupo de Oração (RCC)

Sexta-feira santa (29/03)
                Neste dia, a Igreja recomenda jejum e abstinência total de carne e acompanha em silêncio os passos de Jesus em seu sofrimento e condenação até sua entrega total com morte de cruz. Não se celebra missa ou qualquer sacramento e comungam-se as hóstias
consagradas na Quinta-feira Santa. A celebração central deste dia se divide em quatro partes;
Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração do Senhor na Cruz e Comunhão. É dia de total silêncio e reflexão

PROGRAMAÇÃO DA ADORAÇÃO
(Sexta-feira Santa)
 7 ás 8h
·        Terço das mulheres
8 ás 9h
·        Pastoral da pessoa Idosa
·        COMIPA
·        Grandes Campanhas
9 ás 11h
·        Terço das crianças
·        Catequese da 1º Comunhão
·        Infância Missionária
·        coroinhas
11 ás 12h
·        Grupo de Cântico “O Profeta”
·        Grupo de Cântico “Nova Semente”
·        Pastoral da Liturgia
12 ás 13h
·        Pastoral do Dizimo
13 ás 14h
·        Catequese da Crisma
·        Pastoral da criança
14 ás 15h
·        Terço da Família e comunidade em geral

15h: Celebração da Paixão do Senhor na Igreja Matriz em seguida procissão do Senhor morto.

Sábado Santo (30/03)
                Neste dia a Igreja permanece com as portas fechadas até a hora da Vigília Pascal, vivenciado o repouso do seu Senhor no silencioso sepulcro, depois do vitorioso combate na cruz. Meditasse neste dia o mistério da descida de Cristo ao mundo dos mortos, onde “em espírito foi anunciar a salvação também aos espíritos que esperavam na prisão” (cf. 1Pd 3,19). Este dia é marcado pela penitência e pelo profundo silêncio.

Vigília Pascal ou Sábado Santo ou Domingo da Ressurreição dia (30/03)
Celebramos a Vigília Pascal. A “Vida” quer a vida e não a morte. A Ressurreição de Jesus é o milagre do começo da vida, vida nova a partir da morte. O Círio Pascal, aceso com o fogo novo, luz que surge nas trevas, representa Cristo ressuscitado vitorioso sobre a morte e Senhor da história, luz que ilumina o mundo. Na vela, estão gravadas as letras gregas Alfa e Ômega, que querem dizer: “Deus é o princípio e o fim de tudo”.

20h: Vigília pascal na Igreja Matriz.

Domingo de Páscoa (31/03)
7h30 - Missa do I Domingo de Páscoa na Igreja Matriz
19h30: Missa do I Domingo de Páscoa na Igreja Matriz

A todos uma Santa e abençoada Páscoa!

Pe. Joaquim José de Oliveira
Pároco

Pe. Cláudio Dantas de Oliveira
Vigário paroquial

Pe. João Agripino Dantas
Pároco emérito







sexta-feira, 22 de março de 2013

ENTREVISTA SOBRE AS PERSPECTIVAS DO PAPA FRANCISCO PARA A IGREJA E PARA O MUNDO.



Como a igreja recebeu a escolha do novo papa?
A Igreja Católica é uma instituição divina quem a governa é o Espírito Santo, portanto é ele que escolhe; mesmo em meio a interesses e a política dos homens, uma vez que a Igreja é Santa por causa de Jesus Cristo, mas formada por pecadores. A escolha de um novo papa é fruto das orações de toda a Igreja, dos fieis que pedem ao Espírito Santo um pastor conforme o desígnio de Deus. Cabe aos cardeais observarem os perfis de cada cardeal segundo as necessidades da Igreja na atualidade.

Assim como foi uma surpresa a renúncia do papa Bento XVI, também a Igreja e o mundo foram surpreendidos com a eleição do primeiro papa latino americano e ainda mais vindo da América do Sul (Argentina), a grande maioria espera um papa europeu, provavelmente um italiano, e eis que o Espírito Santo agindo através dos cardeais elege um nome que não era cotado para esse Conclave. Como o próprio papa Francisco falou: “os cardeais foram buscar o papa quase no fim do mundo”, referindo-se ao seu país de origem.

Qual a expectativa em relação ao sucessor do Papa Bento?

A expectativa é muito positiva a mídia deu ampla cobertura à eleição do novo papa e não só a Igreja, mas o mundo cristão e até mesmo os não cristãos veem com esperança a escolha do papa Francisco, pois trata-se de uma grande novidade a eleição de um “papa da periferia”. Um sopro do Espírito Santo, ou seja, um novo Pentecostes para a Igreja, onde ela deve está mais aberta as mudanças e transformações do mundo contemporâneo, estabelecendo um maior diálogo com os não-cristãos e as outras religiões.

Que mudanças são esperadas com essa escolha?
A Principal mudança deve começar da cúria romana, isto é, dos cardeais, daqueles que estão no Vaticano, espera-se que os bispos tenham mais autonomia, uma vez que o papa Francisco tem falado muito em colegialidade, isso quer dizer que ele não quer governar a Igreja sozinho, tomando decisões de cima para baixo, mas ouvindo os cardeais, os bispos e até mesmo o povo. É notável que ele quer uma “Igreja pobre para os pobres”, isso ele deixou bem claro quando falou aos jornalistas, portanto uma Igreja mais próxima aos pobres deve ser a marca do seu pontificado.
Quais os principais desafios que o papa Francisco terá pela frente?
O papa Francisco terá um grande desafio que é trazer os fieis que estão afastados de volta para a Igreja, uma grande preocupação será os pobres e, sobretudo os jovens, é preciso se adequar a eles para evangelizar sem deixar de ensinar as verdades imutáveis da fé e levar Jesus a esta sociedade secularizada, subjetivista, egocentrista, consumista e hedonista onde Deus e o sagrado perdeu o sentido. É preciso falar a linguagem do povo e tirar essa concepção que muitos tem de uma Igreja rica, poderosa, triunfalista, conservadora, retrógrada que ver o mundo com pessimismo e devolver a credibilidade que muitos perderam ao ver alguns dos  membros da Igreja (padres, bispos) envolvidos em escândalos sexuais como a pedofilia, uma chaga que manchou a imagem da Igreja.

Que significados tem a escolha do primeiro papa latino americano?
Um papa latino americano tem muito a contribuir com a Igreja, pois ele em especial conhece a realidade dos pobres e sofredores, o que fará com que a Igreja esteja voltada para os problemas dos pobres e se torne mais humana e fraterna, mostrando o rosto misericordioso de Deus. Também demonstra a universalidade da Igreja abrindo perspectiva para que no futuro tenhamos um papa africano ou asiático e até mesmo um papa brasileiro porque não

Tem se falado muito no significado do nome do novo papa, Francisco, você acredita que a escolha desse nome terá sim um verdadeiro significado?
Sim. A escolha do nome Francisco é uma homenagem ao grande Santo da Igreja que viveu no Século XIII, um homem de família rica que deixou tudo para servir a Deus nos pobres. Portanto, o próprio nome já remete ao que deve ser o pontificado mais voltado para os pobres, aberto ao diálogo, a fraternidade, preocupação com as questões ecológicas e também grandes reformas na Igreja como fez São Francisco de Assis ao ouvir a voz do Senhor: “Francisco reconstrói a minha Igreja.” Este também deve ser o pensamento do papa Francisco, novos tempos para a Igreja de Cristo.

Entrevista concedida a jovem estudante de jornalismo da FIPE,  Angelina Medeiros 
Por: Pe. Cláudio Dantas de Oliveira
Vigário Paroquial de São João do sabugi e Ipueira

Papa Francisco recebe Presidente Dilma e diz que pretende ir a Aparecida (SP) após a JMJ


A presidente Dilma Rousseff foi recebida na manhã desta última quarta-feira, 20 de março, no Vaticano, pelo Papa Francisco, durante uma audiência particular. No dia de ontem, terça-feira, falando aos jornalistas a presidente afirmou que a Jornada Mundial da Juventude seria o “tema central” do encontro com o Papa Francisco.
“A Jornada – disse a Presidente -, vai atrair para o Brasil milhares de jovens católicos, que serão muito bem recebidos, como a gente sempre faz”, acrescentou. A visita ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude, em julho, deverá ser a primeira grande viagem do Papa Francisco.
O papa Francisco disse à presidente Dilma Rousseff que é necessário empenho conjunto para combater as drogas e reforçar os valores e os princípios para a juventude. Dilma foi a primeira chefe de Estado recebida por Francisco, depois da cerimônia que marcou ontem (19) o início do seu pontificado. Na conversa, o papa lembrou que a construção do futuro depende da juventude.
“[O papa] falou sobre a importância da juventude na construção do futuro da humanidade e que a Igreja [Católica], como uma instituição secular, tem no jovem um foco muito grande”, disse a presidente, após o encontro com o papa, no Vaticano.
Dilma disse que Francisco ressaltou que é fundamental, para o combate às drogas, reforçar valores e princípios. “Conversamos sobre a questão das drogas e do crack, o reforço de valores, princípios e símbolos para a juventude”, destacou.
A presidente acrescentou que o papa confirmou que participará da Jornada Mundial da Juventude, nos dias 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro. “Ele [o papa] disse que espera uma presença grande dos jovens [durante a jornada]”, contou ela. Segundo Dilma, o papa disse que pretende, depois da jornada, visitar Aparecida (SP) – onde está o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
“Ele [o papa] disse que vai a Aparecida, depois [da jornada]. Ele até me lembrou que, em 2007, esteve em Aparecida, e me deu um livro do que eles [os bispos latino-americanos] fizeram em 2007”, contou a presidente, lembrando da recomendação de Francisco de que ela “não leia o livro todo”.
“'Você não precisa ler tudo porque você pode se aborrecer, então você pega o índice e vai nos assuntos que te interessa', ele me disse”, contou Dilma, entre sorrisos, demonstrando o bom humor de Francisco.
A presidente se disse impressionada como o papa se comporta como uma pessoa normal. “Ele [Francisco] é o primeiro muitas coisas: é o primeiro Francisco, primeiro jesuíta, primeiro latino-americano e primeiro argentino”, acrescentou Dilma, informando que percebeu bastante entusiasmo no papa.
A Rádio Vaticano informou que o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, ficou feliz ao receber a notícia. Porém, ainda não há maiores detalhes sobre esse acréscimo no roteiro da visita do Santo Padre ao país. “É uma notícia que me enche de alegria. Os devotos de Nossa Senhora Aparecida, em todo o Brasil, também devem estar transbordando de alegria”, disse dom Damasceno.
Fonte: http://www.cnbb.org.br

quarta-feira, 13 de março de 2013

O PRIMEIRO PAPA LATINO-AMERICANO. SALVE A AMÉRICA DO SUL



Papa Francisco terá a missão fortificar e reafirmar a fé

Por Alessandra Borges
Da Redação

O mundo aclamou, nesta quarta-feira, 13, com grande alegria, o anúncio do 1º Papa latino-americano. O Cardeal Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco, com 76 anos, foi eleito Pontífice na 5ª votação do Conclave.
Professor Felipe Aquino esteve, durante esta tarde, no programa ‘Sucessão Papal’, na TV Canção Nova, e destacou que ter um Papa latino-americano é significativo, porque a América é o continente mais católico do mundo.
“Este novo Papa vai trazer para a América Latina um reavivamento muito grande da fé, e isso é muito importante, porque nós estamos vivendo um tempo de muitas ceitas, as quais tendem a abafar a fé católica. Mas com uma Papa latino-americano a fé católica vai ser muito reforçada. Deus vem em socorro da América Latina agora”, comentou Aquino.
O nome escolhido por Dom Bergoglio para seu pontificado foi ‘Papa Francisco I’. De acordo com professor Felipe Aquino, a escolha tem referência em São Francisco Xavier, o maior evangelizador do mundo, patrono das missões e cofundador da Companhia de Jesus; também a São Francisco de Assis.
“Ele tem diante de si a missão da ‘nova evangelização’, a missão de São Francisco Xavier. Penso que para o mundo e para a Igreja o trabalho do novo Pontífice será muito importante”, disse o professor.
A missão do novo Papa será muito grande diante dos desafios que a Igreja terá de vencer, mas os católicos o acolhem de braços abertos, no mesmo gesto de oração que ele pediu durante o seu primeiro pronunciamento, na Praça de São Pedro, para milhares de fiéis.

Fonte: cancaonova

SUA SANTIDADE FRANCISCO, NOVO PAPA


Foi eleito novo Papa na tarde desta terça-feira, 13 de março, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio que adotou o nome de Francisco. Ele tem 76 anos é o 266° sucessor de Pedro. Foi eleito no 5° escrutínio no segundo dia do Conclave.
"Annuntio vobis gaudium magnum: habemus Papam!”
Eminentissimum ac reverendissimum dominum, dominum, Giorgio Marium Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio, qui sibi nomen imposuit Francisco I.

O Cardeal Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio,
Às 20hs12min do dia 13 de março de 2013 o protodiácono Jean-Louis Tauran proclamou a famosa fórmula do Habemus Papam, no balcão Central da Basílica de São Pedro.
Às 20h23 o recém-eleito assomou ao balcão central proclamando as seguintes palavras: "Irmãos e Irmãs, boa noite! Vocês sabem que o dever do Conclave era de dar um bispo a Roma. Parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase no fim do mundo. Mas, estamos aqui! Vos agradeço pela acolhida, à comunidade diocesana, ao seu bispo. Obrigado!"

Fonte: http://www.cnbb.org.br

SAUDAÇÃO DA CNBB AO NOVO PAPA FRANCISCO I


Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, em entrevista coletiva concedida à imprensa, na tarde desta quarta-feira, 13 de março, apresentou a saudação oficial da CNBB ao papa Francisco I.
leia a saudação na íntegra:
SAUDAÇÃO DA CNBB AO NOVO PAPA
“Bendito o que vem em nome do Senhor!”(Sl 118,26)

Tomada pela alegria e espírito de comunhão com a Igreja presente em todo o mundo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB eleva a Deus sua prece de louvor e gratidão pela eleição do novo Sucessor de Pedro, Sua Santidade Francisco I.
O tempo e as circunstâncias que antecederam a eleição de Francisco I ajudaram a Igreja a viver intensamente a espiritualidade quaresmal, rumo à vitória de Cristo celebrada na Páscoa que se aproxima. O momento é de agradecer a bondade de Deus pela bênção de um novo Papa que vem para guiar os fieis católicos na santidade, ensiná-los no amor e servi-los na humildade.
A eleição de Francisco I revigora a Igreja na sua missão de “fazer discípulos entre todas as nações”, conforme o mandato de Jesus (cf. Mt 28,16). Ao dizer “Sim” a este sublime e exigente serviço, Sua Santidade se coloca como Pedro diante de Cristo, confirmando-Lhe seu amor incondicional para, em resposta, ouvir: “Cuida das minhas ovelhas” (cf. Jo 21,17).
Nascido no Continente da Esperança, Sua Santidade traz para o Ministério Petrino a experiência evangelizadora da Igreja latino-americana e caribenha.
A expectativa com que o mundo acompanhou a escolha do Sucessor de Pedro revela o quanto a Igreja pode colaborar com as Nações na construção da paz, da justiça, da igualdade e da solidariedade.
Ao novo Papa não faltará a assistência e a força do Espírito Santo para cumprir esta missão e aprofundar na Igreja o dom do diálogo, em uma sociedade marcada pela pluralidade e pela diversidade, e o compromisso com a vida de todos, a partir dos mais pobres, como nos ensina Jesus Cristo.
           Ao saudá-lo no amor de Cristo que nos une e na missão da Igreja que nos irmana, asseguramos-lhe a obediência, o respeito e as orações das comunidades da Igreja no Brasil, para que seja frutuoso o seu Ministério Petrino.
Com toda Igreja, confiamos sua vida e seu pontificado à proteção da Virgem Maria, mãe de Deus e mãe da Igreja.
Bem-vindo Francisco I. A Igreja no Brasil o abraça com amor!

Dom Belisário José da Silva                         Dom Leonardo Ulrich Steiner
Arcebispo de São Luis                                  Bispo Auxiliar de Brasília
Vice Presidente da CNBB                            Secretário Geral da CNBB

domingo, 3 de março de 2013

LITURGIA DO III DOM DA QUARESMA ANO C


Ex 3,1-18a.13-15
Sl 102
1Cor 10,1-6.10-12

 O tempo da Quaresma recorda muitas vezes o tempo da travessia do deserto por parte de Israel: tempo de peregrinação, de provação e de purificação. O livro do Deuteronômio recorda isto com palavras muito fortes: “Lembra-te de todo o caminho que o Senhor teu Deus te fez percorrer durante quarenta anos no deserto, a fim de humilhar-te, tentar-te e conhecer o que tinhas no coração. Portanto, reconhece hoje no teu coração que o Senhor teu Deus te educava, como um homem educa seu filho” (Dt 8,2.5).

No deserto, portanto, Deus usou as provas pelas quais Israel passou, para revelar ao seu povo aquilo que estava escondido no seu próprio coração, isto é, seu pecado, sua fraqueza, sua infidelidade. Mas, também no deserto, Deus cercou seu povo de carinho e proteção, alimentou-o com o maná e saciou-o com a água do rochedo, guiou-o pela nuvem luminosa de noite e protetora contra o sol de dia… Tempo de noivado e de amor entre Deus e o seu povo, foi o tempo do deserto! Por isso, pensar nessa travessia pelo deserto serve tanto para a nossa preparação para a Páscoa.

Mas, vejamos. Como começou o caminho de Israel deserto a dentro? Começou com a “descida” de Deus para juntinho do seu povo que gemia debaixo de humilhante escravidão: “Eu vi a aflição do meu povo que está no Egito e ouvi o seu clamor por causa da dureza de seus opressores. Sim, conheço os seus sofrimentos. Desci para libertá-lo e fazê-los sair…” Que coisa impressionante: um Deus tão grande, tão santo, o Deus de Israel e, no entanto, é capaz de ver a aflição, ouvir o clamor, conhecer o sofrimento do seu povo, que era ninguém, que não passava de um punhado de escravos! “Eu desci para libertá-lo!”

Nosso Deus é um Deus que desce, que vem para junto do pobre que se encontra no monturo! Nosso Deus é um Deus que liberta e salva! E quando Moisés pergunta pelo seu nome, Deus revela-o de dois modos: primeiro apresenta-se como o “o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó” – isto é, o Deus fiel, o Deus que não esqueceu seus amigos do passado, Abraão, Isaac e Jacó e agora vem em socorro de seus descendentes. Depois, Deus revela o seu nome: “Eu sou aquele que será”. Segundo bons exegetas, assim deve-se traduzir o nome de Deus. Isto é, Deus não revela o seu nome a Moisés! Seu “nome”, na verdade, é um desafio, um convite; quer dizer: “Eu sou o que tu verás quando eu agir! Tu verás quem eu sou à medida que caminhares comigo! Eu sou o que estará sempre contigo!” – O Deus que foi fiel a Abraão, a Isaac e a Jacó é confiável, pode-se apostar a vida nele: Moisés e o povo de Israel haverão de ver! E viram, em tantos momentos da travessia do deserto.

Na segunda leitura, São Paulo recorda vários destes acontecimentos: a nuvem e o mar (imagens do Espírito e da água do Batismo), o maná (imagem da Eucaristia), a água que brotou da rocha (imagem do Cristo, de cujo lado traspassado brotou o Espírito). Deus fora todo carinho, todo proteção, todo compaixão e paciência… E, no entanto, Israel tantas vezes duvidou, revoltou-se, murmurou, foi de cerviz dura e infiel!

São Paulo nos previne: “Esses fatos aconteceram para servir de exemplo para nós, a fim de que não desejemos coisas más, como fizeram aqueles no deserto. Não murmureis, como alguns deles murmuraram… Portanto, quem está de pé tome cuidado para não cair”. Nós somos o povo de Deus da Nova Aliança. Como Israel, atravessamos um longo deserto rumo à Terra Prometida, que é a Pátria celeste; e também nós somos sujeitos a tantas tentações, como Israel. O grande pecado do povo de Deus da Antiga Aliança era descrer e murmurar contra Deus. De cabeça dura, Israel teimava em caminhar do seu modo, em fazer do seu jeito, em contar com suas forças e sua lógica. Quantas vezes o povo fez isso! Quantas vezes nós fazemos isso!

Neste santo tempo quaresmal, somos chamados a uma sincera conversão, a mudar nossa lógica, confiando realmente no Senhor e trilhando sinceramente seus caminhos! Estejamos atentos à seríssima advertência que o Senhor Jesus nos faz no Evangelho. Primeiro ele usa dois acontecimentos daqueles dias em Jerusalém para ilustrar a necessidade de conversão urgente: os galileus que Pilatos perversamente mandara matar e misturar seu sangue com o dos animais sacrificados no Templo – um ato de profanação! – e as dezoito pessoas que morreram por conta do desabamento de uma torre em Jerusalém. Jesus pergunta: “Pensais que essas pessoas eram mais pecadoras que as outras?”

Não! Os sofrimentos da vida não são castigo pelos pecados! Mas, devem servir de reflexão e de alerta para todos! Há uma desgraça muito pior que qualquer acidente: morrer para Deus, ressecar o coração para o Senhor: “Se não vos converterdes, ireis morrer do mesmo modo!” Depois Jesus ilustra o que ele quer dizer com a parábola da figueira estéril: “Há três anos venho procurando figos nesta figueira e nada encontro!” A figueira da parábola é o povo de Israel que, durante três anos, ouviu a pregação do Senhor e não o acolheu. Mas, e nós, há quantos anos escutamos o Senhor? Que frutos estamos dando? Nesta Quaresma, como vai o nosso combate espiritual, o nosso caminho de conversão?

Não abusemos da paciência de Deus, não tomemos como desculpa a sua misericórdia para retardar nossa conversão! O Eclesiástico previne severamente: “Não digas: ‘Pequei: o que me aconteceu?’ porque o Senhor é paciente. Não sejas tão seguro do perdão para acumular pecado sobre pecado. Não digas: ‘Sua misericórdia é grande para perdoar meus inúmeros pecados’, porque há nele misericórdia e cólera e sua ira pousará sobre os pecadores. Não demores em voltar para o Senhor e não adies de um dia para o outro, porque, de repente, a cólera do Senhor virá e no dia do castigo perecerás” (Eclo 5,4-7)

Caríssimos, eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Deixemo-nos reconciliar com Deus em Cristo! Convertamo-nos!
 Dom Henrique Soares da Costa